Nossa história começa com os primeiros habitantes desta terra, os índios das tribos Paiacus, Caborés, Pegas, Cablocos e Janduís, originados das nações indígenas Cariris e Tarairiús  que viveram muitos anos neste território, sendo os primeiros a habitarem nosso município. Contudo, depois da chegada dos portugueses, e com as guerras e doenças, iniciou-se o desaparecimento dessas tribos indígenas, porém, alguns ainda ficaram na região.

Aqui, viveram dois índios caboclos que tinham por denominação de Antônio Coelho de Mendonça e Domingos Coelho de Mendonça. Posteriormente, chegara para residir na região, um casal de portugueses que durante muito tempo viveram em harmonia. Contudo, seu esposo veio a falecer e um dos caboclos, Antonio Coelho, entrou em um romance com a viúva do falecido, tendo frutos e vivendo aqui por muito tempo.

Nos anos seguintes, aparece Joaquim Ganga, que pelo laço do amor foi atraído pelo fruto do casal de índios/portugueses, dando assim origem a uma família naquela região. Sob este mesmo chão em que pisamos e sob este imenso céu que nos cobre, viveram estes guerreiros que enfrentaram dias de lutas e de conquistas.

Anos se passaram e, assim, o sítio foi se desenvolvendo com a criação de gado, pecuária, agricultura e o cultivo de algodão, milho e outros insumos que deram características às fontes de renda deste povo tão batalhador. Na época, o cultivo de algodão era abundante e grandes fazendeiros como os senhores Manoel Valeriano, Leobaldo do Carmo, Luiz Pinheiro, Manoel de Julia, Lindolfo Felix de Pontes, Manoel Cavalcante, Pedro Figueiredo, Nicolau de Melo entre outros, eram os principais fazendeiros que giravam o capital de renda na região, através da geração de emprego e renda para as famílias, onde havia produções agrícolas, pecuária e a safra de algodão. Estes fazendeiros negociavam com o Major Theodorico Bezerra a venda de toda a safra de algodão e assim mantinham a geração de renda aos munícipes.

Além do algodão a palha de carnaúba dava origem a cestos, chapéus e acessórios de palha, que eram utilizados pelos trabalhadores. A água era escassa e as fontes eram os tanques e a loca d’água, onde filas e mais filas se formavam em busca de matar a sede e realizar as tarefas diárias.

O processo inicial de povoação teve sua origem no Sitio Monte Alegre, localizado na Serra de São Bento, por volta dos idos de 1870. Naquela época, o Sitio Monte Alegre, que já era considerado um povoado que apresentava expressiva prosperidade. Nos idos de 1948 o Sitio Monte Alegre localizado na Serra de São Bento sofria um grande impasse, no qual havia um campo minado onde parte de seu território pertencia ao município de Nova cruz/RN e a outra parte era pertencente a São José do Campestre/RN.

Nos anos seguintes, com o expressivo crescimento populacional e a elevação dos povoados circunvizinhos, deu-se fim ao campo minado onde o Sitio Monte Alegre passou a pertencer totalmente às áreas territoriais de São José do Campestre/RN. E, após cinco anos, exatamente no ano de 1953 o Sítio Monte alegre passou a se chamar Monte das Gameleiras, numa referência as belas árvores que existiam em abundância na região.

A mudança de nome veio através do então Deputado o Senhor Theodorico Bezerra, que tinha o intuito de não confundir com o município de Monte Alegre que já tinha esta denominação desde o final do século XIX. Dez anos depois, em 8 de novembro de 1963, pela lei nº 2.976, sancionada pelo então Governador do Estado do Rio Grande do Norte, Dr. Aluízio Alves, o povoado de Monte das Gameleiras tornou-se Município, com seu território composto pelo desmembramento de áreas de Japi e Serra de São Bento.